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Entenda como vencer o medo de anestesia e qual sua importância
Antes de se submeter a uma cirurgia, é natural que os indivíduos fiquem ansiosos e aflitos. Mas, o que fazer para vencer esse medo? Vamos esclarecer as principais dúvidas.
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As drogas ministradas para sedação do paciente durante um procedimento cirúrgico são de fundamental importância. Afinal, ao inibir a dor, tanto paciente quanto médico poderá ter mais controle e segurança na realização de qualquer procedimento. Entretanto, alguns mitos sobre essa técnica provocam medo de anestesia, colocando em risco à saúde do paciente — que pode até mesmo desistir de ser operado.

Portanto, se você também tem esse tipo de receio, veio ao lugar certo! No post de hoje vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. Boa leitura!

Qual o papel da anestesia?

Antes de se submeter a uma cirurgia, é natural que os indivíduos fiquem ansiosos e aflitos. Para minimizar esse desconforto, a anestesia é aplicada de modo a bloquear a dor e paralisar os movimentos na região que será operada. Isso é necessário, pois movimentos involuntários durante o procedimento podem colocar em risco a vida do operado.

Outro aspecto fundamental da anestesia é provocar uma amnésia temporária. Dessa forma, o paciente não guardará lembranças dos momentos que vivenciou no bloco cirúrgico. Porém, é fundamental deixar claro que esse processo se trata de uma perda de consciência reversível e totalmente controlada. Afinal, o único objetivo é aliviar a ansiedade, reprimindo a consciência.

Quais são os tipos de anestesia?

Nos últimos anos, a medicina vem evoluindo em todos os aspectos, incluindo a segurança da anestesia. Por isso, atualmente é possível garantir que os processos ocorram de maneira tranquila e confortável, além de contribuir com a redução dos riscos relacionados às complicações cirúrgicas. 

De modo geral, existem três principais técnicas anestésicas que podem ser mais ou menos invasivas, dependendo do procedimento que será realizado. Em tese, cada mecanismo de privação da sensibilidade provocada por agentes anestésicos tem um objetivo específico.

Confira, a seguir, quais são elas e como funcionam.

Anestesia local

Geralmente utilizada em procedimentos menos complexos, a anestesia local é ideal para cirurgias de pequeno porte, como tratamentos odontológicos, remoção de pele enrugada (Blefaroplastia) e alguns tipos de lipoaspiração. Na prática, a dor é inibida a partir da aplicação de uma substância contendo lidocaína ou anestésicos tópicos, para inibir o estímulo nervoso em local específico.

Em função disso, não é necessário a presença de anestesistas, afinal, os efeitos colaterais são mínimos — quando oferecidos em concentração adequada e aplicados corretamente. Sendo assim, as reações mais comuns são leves dormências ou pequenos hematomas na região.

Anestesia regional

A anestesia regional é aplicada sempre que há a necessidade de bloquear os estímulos do nervo de determinada área do corpo, como membros superiores ou inferiores. Em resumo, esse tipo de anestesia pode ser subdividido em dois grupos: peridural e raquidiana. No caso da anestesia peridural ou epidural, o paciente não sentirá dor ou sensações em uma área do corpo.

Já com a anestesia raquidiana — aplicada dentro do canal espinhal — garante-se a perda da sensibilidade dos membros inferiores bem como da área inferior do abdômen. Por se tratar de uma intervenção mais invasiva, pode ser necessário a aplicação de anestesia local — para minimizar o desconforto — e sedação intravenosa, para garantir que o paciente fique completamente relaxado.

Embora sejam mínimos os efeitos colaterais, é possível que o paciente apresente suor excessivo, desenvolva um leve processo inflamatório no local da aplicação da injeção, febre, calafrios, dores de cabeça leves ou moderadas.

Anestesia geral

Em via de regra, o medo de anestesia está diretamente relacionado à necessidade de aplicação da anestesia geral. Afinal, essa técnica consiste na imobilização total do paciente, além do bloqueio da dor. No geral, esse método é indicado para operações complexas ou de grande porte, como a remoção de órgãos.

Por conta da interrupção dos músculos, o sistema respiratório fica comprometido e, por isso, é necessário a utilização de ventilação mecânica e monitorização dos sinais vitais. Apesar disso, os riscos são mínimos e normalmente as complicações são causadas por comorbidades apresentadas pelo paciente e não em função do procedimento em si. Algumas implicações importantes são:

  • vômito;

  • cefaleia;

  • reações alérgicas;

  • parada cardiorrespiratória;

  • sequelas neurológicas.

Entretanto, como mencionamos, esses quadros são comumente relacionados à condição de saúde do paciente bem como a apresentação de comorbidades como doenças cardíacas, pulmonares, renais ou desnutrição, por exemplo.

Qual a importância da consulta pré-anestésica?

A avaliação pré-anestésica é fundamental para garantir o sucesso de um procedimento cirúrgico. Isso porque, o médico anestesiologista avaliará a condição de saúde geral do paciente, bem como seu histórico médico, registro de doenças, alergias, reações medicamentosas, uso de substâncias lícitas ou ilícitas.

Por meio desse contato prévio é possível mensurar os riscos clínicos bem como propor alternativas para evitar intercorrências importantes durante o procedimento cirúrgico. Por isso, antes de realizar qualquer cirurgia é indispensável fazer todas as consultas de avaliação, realizar exames adicionais e seguir as recomendações para evitar o surgimento de efeitos inesperados.

Concluindo, o medo de anestesia pode ser reprimido por meio de consultas específicas. Afinal, desde que aplicado com técnicas seguras, instrumentos anestésicos adequados e observadas as condições gerais de saúde do paciente, é possível garantir um procedimento tranquilo e seguro.

O que achou deste texto? Caso ainda tenha dúvidas, entre em contato conosco e agende sua consulta de avaliação.